Desde que surgiu no cenário político local, Coronel Menezes (PL) tenta ‘colar’ sua imagem ao do presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditando na transferência dos votos bolsonaristas para ele. No entanto, as pesquisas eleitorais divulgadas – em 2020 e também neste ano – indicam que não basta apenas ser ‘compadre’ do presidente.
Os dados da Veritas Instituto de Pesquisa, por exemplo, dão ao presidente 34,8% nas intenções de votos. Para Menezes, foi direcionado apenas um terço deste índice: 11,8%.
O diretor-presidente do Instituto, Francisco Aires, frisou que Bolsonaro até faz a parte dele, ‘apresentando’ Menezes como seu candidato no Estado, mas endossou que o eleitorado não consegue ver o ‘indicado’ com bons olhos e destaca que é necessário ser “mais que simplesmente o compadre do presidente”.
Além da tentativa frustrada de Menezes em ‘colar’ cada vez mais no presidente, outros obstáculos podem interferir no resultado desejado por ele, como as discussões acerca do IPI que prejudicam a Zona Franca de Manaus (ZFM), a briga com o prefeito David Almeida (Avante), além da falta de penetração no interior, a qual Aires classificou como um nicho “lulista ferrenho”.
“A capital é bolsonarista, mas aí ele [Menezes] vem e briga com o prefeito que arrasta todo um eleitorado. E tem ainda o Chico Preto, que leva uma parte dos votos do eleitor do presidente”, completa Francisco Aires.
O diretor do Veritas, inclusive, diz não ver boas condições para uma possível arrancada de Menezes na disputa. Aires ainda destaca a possibilidade do recuo de Menezes na disputa, trocando a briga pela vaga no Senado por uma das oito que têm na Câmara.
“O Bolsonaro pode chegar e dizer que tentou o que pôde. E, pragmático como é, precisa ter uma bancada forte no Congresso e, aí, passariam a viabilizá-lo como deputado federal”, explicou.
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