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Novo Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos não afeta igarapés de Manaus, afirma especialista

O complexo foi construído para evitar o contato do lixo com o solo

Após a realização de estudos da qualidade da água na área de instalação do novo Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos, especialistas em hidrologia asseguraram que o empreendimento não afeta os igarapés de Manaus. O projeto, assinado pela Marquise Ambiental, é a aposta da companhia para a destinação final e ambientalmente adequada para as mais de 70 mil toneladas de lixo produzidas na capital amazonense a cada mês.

De acordo com o professor Paulo Rodrigues de Souza, especialista em hidrologia, os estudos realizados antes e durante a construção do equipamento não constataram alterações na qualidade da água. O processo construtivo do centro utiliza tecnologia de ponta que evita o contato do lixo com o solo, possibilitando a recuperação de líquidos e gases, posteriormente transformados em água de reuso e energia.

“Em toda fase da obra foram feitos monitoramentos contínuos de qualidade da água e se constatou que não houve alterações. Esse monitoramento irá se manter durante sua operação. O lixo não terá contato com o solo, seus líquidos e gases serão recuperados e reutilizados, com um controle muito rigoroso”, explica o especialista.

Construído em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 e com técnicas modernas de tratamento de resíduos sólidos, o Centro conta com uma estação de tratamento de chorume por meio de osmose reversa, um processo avançado e eficiente no tratamento de efluentes líquidos. Além disso, utiliza a captação de biogás, o aproveitamento de crédito de carbono e outras tecnologias inovadoras.

Segundo a Marquise Ambiental, o Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos resolveria o problema ambiental do lixo em Manaus. A empresa ressalta ainda que o local de implantação do Centro não está em Área de Preservação Permanente (APP). Na área onde o projeto foi instalado funcionava uma antiga jazida de solos, degradada pela remoção de cobertura vegetal e extração ilegal de areia. A construção do Centro atua como uma ação de remedição dessa área.

Para Luis Sérgio Kaimoto, projetista especialista nesse tipo de empreendimento, o Centro, que possui licença ambiental emitida pelo Ipaam desde 2011, segue todas as normas técnicas existentes e estabelece afastamentos legais necessários para preservar o meio ambiente. “Este projeto é único, por ser o primeiro aterro sanitário, de fato e efeito, do Estado do Amazonas. Estabeleceu-se como critério inegociável os afastamentos legais previstos tanto do Igarapé do Leão, bem como do braço secundário”, reforça Kaimoto.