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Denúncia: Relatório detalha sucateamento da Central de Abastecimento Farmacêutico de Beruri

Com uma série de fotos e dados demonstrando a situação precária da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) em janeiro deste ano no município de Beruri, interior do Estado, o gestor do órgão, Raimundo Ralisson Bentes Pinto, denunciou o fato em um memorando ao secretário de Municipal de Saúde, João Batista Picanço, enumerando situações que denominou de abandono, descaso e negligência com a CAF.

Após ser nomeado para o cargo de gestor da central em janeiro deste ano, João Batista, que é farmacêutico e já havia ocupado o cargo anteriormente, decidiu fazer o relatório situacional diante das inúmeras situações de irregularidades encontradas na central.

De acordo com ele, que retornou ao órgão a partir do dia 20 de janeiro deste ano, após ocupar este cargo até a primeira quinzena de outubro de 2018, foi lamentável ver o abandono das dependências físicas e o acondicionamento dos medicamentos, químicos cirúrgicos, insumos e materiais odontológicos e drogas de uso humano em situação deplorável e alguns casos em estado de putrefação.

Ele identificou uma quantidade exorbitante de medicamentos de alto custo vencidos ou sem identificação, o que inviabiliza seu uso, tanto para o atendimento das demandas da atenção primária a saúde, quanto para os demais programas.

Inúmeras irregularidades também foram identificadas na dispensação de medicamentos, insumos, correlatos e químicos cirúrgicos e drogas de uso humano para os usuários SUS foram cometidas pelas enfermeiras e outros servidores estavam responsáveis pelo CAF.

As infrações foram cometidas até mesmo no ato de dispensação dos medicamentos sujeitos a controle especial como os entorpecentes, psicotrópicas e imunossupressores, entre outros, o que descaracteriza completamente a função do órgão e do farmacêutico.

João Batista afirma que esse fato vai de encontro às leis dos órgãos fiscalizadores e reguladores, imputando sob o município a má fé de trabalho de forma ilegal e por isso, podendo sofrer penalidades dos órgãos superiores.

O farmacêutico afirma ter insistentemente orientado tecnicamente o ex-secretário a atuar dentro da legalidade, mas acabou sendo ameaçado de demissão, o que acelerou a sua realocação.

Para ele, é triste ver o município colher os maus frutos dessas decisões errôneas, que causaram não só perda de recursos financeiros e de avanços importantes, depois de já ter sido exemplo a ser seguido pelos demais municípios, hoje está negligenciado e tem sua função desvirtuada.

Fonte: Portal do Holanda